Gigantesco Torvelinho

  • Gil Moreira Santos UFRN

Resumo

Trata-se de um texto-paródia do poema-piada do escritor modernista Sérgio Milliet em comemoração aos 100 anos da semana da arte moderna.


 


Estufando o papo, o sapo-tanoeiro pulou, pulou, alcançou uma esquina.


Aí parado, deu de cara com a forma, ficou a lhe admirar.


Do outro lado da rua, um bicho doido gingava e bamboleava para lá e para cá.


Depois de muito admirar, o sapo-tanoeiro girou num pulo ligeiro e deu de cara com a coisa que não parava de se balançar.


Ruminou um tanto consigo, imaginou que o ente que rodopiava a sua frente não passava de um bicho pequeno, desvairado bailarino.


Diante disso, o sapo não quis nem saber, avançou em direção a coisa com a intenção de lhe abocanhar.


Quando o batráquio chegou mais perto, viu que o bicho bailarino não era nada de pequenino, mas um gigantesco torvelinho que, sem fazer muito esforço, arrastou o pobre cururu, nem deu tempo de o bicho se lamentar.


 

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Sobre o Autor

Gil Moreira é natural de Recife/PE, onde vive atualmente. Tem experiência e formação
em Letras e Filosofia e, além de autor de Capibarapé (romance de realismo-mágico cujo
cenário é a cena recifense), publicou outras obras e artigos de diversos gêneros. 
E-mail: giovanifilosofia@gmail.com
Instagram: @gil_moreira1

Publicado
2022-10-19
Como Citar
SANTOS, Gil Moreira. Gigantesco Torvelinho. , [S.l.], v. 1, n. 20, p. 249-249, out. 2022. ISSN 2317-8825. Disponível em: <https://www.revistacontinentes.com.br/index.php/continentes/article/view/387>. Acesso em: 08 maio 2024. doi: https://doi.org/10.51308/continentes.v1i20.387.
Seção
Leituras e Imagens