O Sincretismo Religioso como Elemento Legitimador da Umbanda

Uma Breve Reflexão a Partir da Obra Casa Grande e Senzala

  • Marcelo Alonso Morais Doutorando em Geografia, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Resumo

A Umbanda, patrimônio imaterial do estado do Rio de Janeiro, é fruto de um processo de ressacralização e ressignificação crescente das práticas africanas e indígenas pelo catolicismo e pelo espiritismo kardecista. Outras ações de patrimonialização estão em curso no IPHAN, com o intuito de preservar sua memória, seus saberes e suas formas de expressão. No entanto, essas ações são repletas de escolhas, de lembranças, esquecimentos e conflitos por parte do poder público, interferindo na construção e legitimação da identidade de grupos associados à Umbanda. Para refletir como ocorreu o sincretismo religioso que deu origem à Umbanda, recorro à obra de Gilberto Freyre, Casa Grande e Senzala, onde religião e magia permeiam toda a vida social e assinalam aspectos que serão preservados nas práticas umbandistas, como os elementos fetichistas e animistas africanos e ameríndios. Ao estudar as matrizes do sincretismo religioso brasileiro, através de uma narrativa comparativa e descritiva, o autor relata as origens da religiosidade popular colaborando significativamente para a discussão das representações dessa expressão religiosa no Brasil.

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Sobre o Autor

Doutorando em Geografia pela UFRJ. Mestre em Geografia pela PUC-Rio. Professor do Colégio Pedro II e da Escola Alemã Corcovado. Membro do GEOPPOL/UFRJ e do GeTERJ/PUC-Rio

Publicado
2014-01-01
Como Citar
MORAIS, Marcelo Alonso. O Sincretismo Religioso como Elemento Legitimador da Umbanda. , [S.l.], n. 4, p. 180-200, jan. 2014. ISSN 2317-8825. Disponível em: <https://www.revistacontinentes.com.br/index.php/continentes/article/view/44>. Acesso em: 29 maio 2024.
Seção
Relatos de Pesquisa